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Unboxing e primeiras impressões: Kit de memória Patriot Viper 16 GB DDR3-1600 (2)

Como diria aquela célebre frase, quem ajuda recebe em dobro. Pois bem, no intuito de ajudar um ente querido o PC Principal acabou com respeitáveis 32 GB de RAM. Maluquice? Confira a história completa aqui!
 

 
Como entusiasta de hardware, tenho diversos PCs funcionais em casa: o PC Principal, o PC de Testes e o HTPC, sem falar das configurações clássicas. Um dos PCs que tenho em casa é o do meu enteado e agora colaborador do Blog, o qual é baseado no processador AMD FX-6300. Misteriosamente este PC passou a apresentar problemas associados com um dos módulos de memória, o qual necessitou ser substituído - causos da manutenção de PCs, faz parte.

Até então o PC Principal contava com 24 GB de RAM, composto de dois módulos Patriot Viper de 8 GB e dois Geil Enhance Corsa de 4 GB, todos DDR3-1600. Em face do ocorrido o PC Principal fez uma boa ação e socorreu o parceiro FX-6300, doando os dois módulos Geil de 4 GB. E como ficar com “apenas” 16 GB de RAM não era uma opção (RAM nunca é demais), providenciei mais um kit Patriot Viper DDR3-1600 de 16 GB para manter a harmonia do conjunto. :-)

O dissipador de calor dos módulos Patriot Viper possui uma boa estética



A temporização dos módulos é 10-10-10-27 (código PV316G160C0K), ligeiramente acima dos 9-9-9-24 do kit comprado no ano passado, cujo código é PC316G160C9K. Para mim não faz a menor diferença, é o tipo de especificação que só mostra vantagem em benchmark sintético.



Os Patriot instalados. Particularmente acho que ficou show em conjunto com a placa mãe Gigabyte Z77X-UP7 e o watercooler Corsair H100i.



Estes módulos possuem uma overclocabilidade mediana. Com um leve aumento na tensão de alimentação para 1,55 V (o padrão é 1,50 V) é possível atingir com estabilidade 1800 MHz na temporização 10-10-10-27, algo que nunca foi possível quando os Geil estavam instalados. Também é necessário levar em conta que fazer overclock no barramento de memória sempre é mais difícil quando se tem quatro módulos instalados, e por este motivo o Command Rate deve ficar sempre ajustado para 2T. O Command Rate (ou taxa de comando), grosso modo, é a diferença de tempo que há entre o sinal de Chip Select (seleção de chip) e quando o módulo pode efetivamente receber comandos, medido em pulsos de clock (ou sinal).

O famoso software CPU-Z

Os módulos Patriot Viper trabalhando a 1800 MHz (900 MHz DDR)

E o que fazer com 32 GB de RAM?

Realmente o tempo passa rápido demais. Parece que foi ontem que PCs com 32 MB de RAM causavam espanto, e hoje já podemos ter máquinas com 32 GB sobre a nossa mesa a um custo relativamente baixo (se não fosse a maldita cotação do dólar e o famigerado Custo Brasil™ poderia ser ainda mais baixo). E o que fazer com tamanha quantidade de memória, que há alguns anos atrás era exclusiva de supercomputadores? 

A primeira coisa a se fazer, em minha recomendação, é desativar completamente a memória virtual do Windows para um interessante ganho de responsividade do sistema. O caminho para chegar à tela de configuração mostrada abaixo é Sistema – Configurações avançadas do sistema – Aba Avançado – botão Configurações (guia Desempenho) – Aba Avançado (novamente) – botão Alterar. Selecione o disco onde o arquivo de paginação se encontra, escolha a opção sem arquivo de paginação, clique em Definir e em seguida em OK. Ignore o alerta exibido e reinicie o Windows para livrar-se definitivamente do arquivo de paginação. 

Quem tem 16 GB ou mesmo 8 GB de RAM também pode experimentar, no máximo o Windows irá travar se a RAM "encher" totalmente. Caso isto ocorra basta reiniciar o PC (ou mandar um reset se o Windows tiver travado completamente) e habilitar novamente a memória virtual.



Outro uso interessante para o excedente de memória é a criação de um RAM Disk (ou RAM Drive), que oportunamente abordei nesta postagem. Além de apontar os arquivos temporários do Windows e dos navegadores para o RAM Disk, conforme demonstrei na supracitada postagem, também é possível salvar arquivos no mesmo para um acesso quase instantâneo – uso deste expediente quando estou encodando vídeos e manipulando filas de imagens (com o plugin Batch Image Manipulation do GIMP), e os ganhos apurados são bem perceptíveis. A sua criatividade é o limite!

Veja também:

Comentários

  1. Me fez lembrar que criava o RAM Disk na memória excedente entre 640 KB e 1 MB...kkkk tempos distantes......

    Forte abraço meu amigo.

    Galera...hoje 03/12 é aniversário do nosso amigo blogueiro ! Feliz Aniversário novamente Michael.

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  2. Memória hoje em dia (principalmente) chega a custar tanto quanto ou até mais que componentes mais complexos de um computador. DDR2 é caro por ser antigo, DDR4 é caro por ser novo, DDR3 é caro por ser muito procurado. Não tem pra onde correr...
    Vou relatar uma experiência que tive: minha máquina principal é simples: Core 2 Duo E8400, 8GB DDR3, Gigabyte G41MT-S2, Geforce 9800GT 1GB DDR3. Roda tudo de boa, lisinho com resolução no mínimo 720p filtros no médio-máximo sem problemas. Muito bem, comprei o Resident Evil HD Remaster no Steam e veio minha decepção: quadro-a-quadro, um quadro por segundo, ridículo, injogável. Acionei o jogo no modo janela e com o Speedfan acionado ví que a temperatura do CPU batia nos 65º por core enquanto a temperatura do GPU não saía dos 40º (praticamente idle) e o medidor de cpu do windows estava em 100%. O jogo extremamente simples graficamente, não exige nada da placa de vídeo e consome o processador mais do que um emulador de Gamecube (já joguei este jogo no emulador). É mais do que nítido que é um jogo muito mal programado para o PC ou feito com o intuito do se upgradear (e muito) o equipamento.
    Infelizmente isso sempre aconteceu, mas hoje acho que isso está demais com os pcgamers. Vide o Far Cry 4. Jogo colorido, mas simples, sem física no cenário (Half-Life 2 de 2004 já tinha) ou cenário destrutivo (Crysis 1 de 2007), e muito, mas muito aquém do que um PC médio dual-core pode fazer e para rodá-lo é exigido um processador de no mínimo 4 cores. Desanima.

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    Respostas
    1. Concordo plenamente, é isso o que mais desanima nos jogos para PC: os ports feitos nas coxas. Nos consoles os caras suam para contornar as muitas limitações destes aparelhos e para PC tacam o foda-se, se não rodar que façam upgrade!

      No seu caso, talvez um upgrade para um Core 2 Quad pode ajudar, visto que muitos jogos atuais estão exigindo 4 threads justamente pela portabilidade porca oriunda dos consoles. Tenho um Q6600 e gosto bastante do processador, o único problema é que ele é meio esquentadinho, já os C2Q de 45 nm tais como o Q9400 são bem melhores neste aspecto.

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    2. Um exemplo é o recente "Batman: Arkham Knight", que foi um fracasso épico no PC*. Simplesmente lançaram o jogo tão, mas tão bugado que tiveram que tirar do ar e relançar o troço meses depois, para ainda continuar com um monte de bugs a ponto da Warner oferecer reembolso mesmo depois do relançamento...

      https://steamcommunity.com/games/208650/announcements/detail/128710596369779495

      * As versões para PS4 e Xbox One rodam bem.

      O que não dá para entender é que ambos os consoles são máquinas x86, com uma CPU de oito núcleos Atom-like (o Jaguar é um concorrente do Atom Silvermont), com GPU da AMD! Mais: o Xbox One roda Windows, kernel NT e tudo!!!

      Bem diferente da geração anterior de consoles com CPUs PowerPC.

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    3. Isso mesmo. Os PCs de hoje estão mais poderosos do que nunca, mas estão limitados à inter cambiagem com os consoles, inevitavelmente defasados. Me lembro da época em que os PC tinham jogos exclusivos e diferentes como Alone in the Dark, Wolfenstein 3D, Monkey Island e Prince of Persia só pra citar alguns exemplos. Nessa época (início dos anos 90) videogame era limitado apenas à jogos de plataforma sendo estes 90% e os demais com visão de cima como o Phantasy Star (épico esse!) ou navinha.
      Pelo lado técnico da coisa, esta geração de consoles nasceu condenada. Em 1996 o Nintendo 64 tinha gráficos nunca vistos, como o efeito de borrão nos polígonos que disfarçavam o serrilhado, coisa que os PCs da época não podiam fazer com seus chipsets minúsculos e sem placa de vídeo. Em 2000 o PS2 com 300mhz e 32mb de ram tinham os gráficoslindos, rápidos e lisos com alta resolução (para a época) e faziam os PCs parecerem máquinas paradas e sem vida. Em 2007 o Xbox 360 e PS3, este com uma Geforce 7 tinham desempenho muito desempenho, mas não eram impressionantes como os de gerações anteriores e os os PCs tops ou mesmo médios já equivaliam ou os superavam. Foi a época da disseminação dos ports, mas os consoles não vergonha de serem inferiores diferentemente de hoje. Finalmente no final de 2013 os consoles vieram com uma CPU de baixo custo, fraca e antiga (da até saudade época do PS3 com o CELL) já para a época do lançamento e com os gananciosos ports, empurram pra baixo a qualidade dos jogos. Os gamers só tem a perder com isso, independente do cara ser fanboy de console ou não. Imagina se em 1992 Alone in the Dark fosse inter cambiado entre PC, Mega Drive e Super Nintendo, com gráficos nivelados pelo mais fraco, no caso o Mega Drive. É exatamente isso que ocorre hoje e tem gente (fanboy de console) que acha isso normal! Tá todo mundo perdendo com isso...

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    4. Não tem explicação ser tão difícil pegar o port dos consoles atuais e fazer funcionar bem no PC. O conjunto de instruções da CPU é o mesmo. O que os vários núcleos do Jaguar fazem um Core i3 (no máximo um i5) dá conta de fazer. A GPU é equivalente a algo mediano no PC (me corrija se estiver errado, não sou gamer hardcore). O sistema do PS4 é um BSD, mas, como no Xbox One roda Windows (repetindo, Windows mesmo, NT e tudo), então o port para PC+Windows já está encaminhado. Diferença significativa, pricipalmente no PS4, é o barramento da memória principal, que é bem rápido (no Xbox é DDR3 tradicional com uma pequena memória cache de alta velocidade). Ainda assim, não me parece ser um diferencial tão grande.

      De fato existe uma vantagem nos consoles: um sistema igual para todo mundo. Isso faz diferença sim, porém não a ponto de justificar sair um port para PC imprestável como foi o caso de "Batman: Arkham Knight".

      Nota: tenho um Xbox One, mas não sou fanboy. :-)

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    5. Tenho PS3 e XBox 360, além de PS2, PSX e Gamecube. Pela primeira vez uma geração não atrai nem um pouco. Talvez, mais pra frente quando baixar o preço (no fim da geração sempre baixa) compro os dois só pra não passar em branco. Acho que os tempos atuais não são propícios à videogame mais, não na forma tradicional. Hoje como sabemos as coisas mudam muito rápido, evoluem até sem que haja necessidade e não mais aproveitam todo o potencial de tal produto. Saem de linha ou de moda bem antes de se tornarem obsoletos ou antiquados (computadores por exemplo: soquete 1155, 1150, 1151, Geforce 400, 500, 600, 700, 900).

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    6. Opa que a conversa está boa! :-)

      Eu já tive Atari 2600, Master System, Mega Drive, PS1, PS2 e o meu atual console é um Xbox 360, que comprei somente para jogar Beatles Rock Band e mais dois ou três jogos exclusivos. Sinceramente, o último console que realmente gostei de ter foi o Mega Drive, os demais depois dele foram justamente o caso de comprar para não passar em branco e por alguns poucos exclusivos.

      Desde que comprei o meu primeiro 486 tornei-me um PC Gamer convicto (mas não xiita) e realmente os exclusivos de PC nos primórdios eram show. Além dos já citados como o Alone In The Dark, cito também o Full Throttle, World Circuit (também conhecido como GP1, na minha opinião um dos melhores simuladores de F1 até hoje), IndyCar Racing, Doom 1 e 2 (a versão para PS1 era vergonhosa perto do PC), Wolfenstein 3D, Dukem Nukem, Blood, Heretic...

      Atualmente se pelo menos fizessem ports decentes estaria ótimo, visto as capacidades gráficas do PC. De cabeça como exemplo de port bom só me lembro do GTA V - a Rockstar aprendeu a lição depois do desastre que foi o GTA IV para PC.

      Quanto à geração atual de consoles, muito provavelmente vou pular. Já nasceram obsoletos (aparelhos de 2013 que peidam para rodar jogos em 1080p é de matar), sem falar do alto custo dos jogos principalmente aqui no HueHueLand.

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    7. Meu videogame preferido sempre foi o Snes, tenho grandes lembranças dele. infelizmente não o tenho mais. Em 1999 ganhei o PS1, gráficos e jogabilidade excepcionais e A relação custo x benefício dele era incrível para a época. Comprava jogos pirata por R$ 5,00 e rodava que era uma maravilha. Ele era de uma época em que os videogames tinham algo a mais que os PCs contemporâneos, nunca travava nem nada e na época dos videogames com cartuchos existiam as locadoras. Nessa geração atual, além do aparelho ser caro demais os jogos custam mais caro de que nunca.

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    8. Glorioso SNES, para mim a geração de 16 bits foi a melhor! Infelizmente também não tenho mais o meu Mega, porém se algum dia tiver a oportunidade vou comprar um Mega com todos os acessórios (o Sega CD e o 32X).

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  3. O Mega Drive tinha dois... O japonês paraguaio e o adaptado brasileiro...
    Lembra da incompatibilidade dos cartuchos? rsrs...

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    1. Lembro, alguns cartuchos nacionais vinham com um sistema rudimentar de trava por região. O Ayrton Senna´s Super Monaco GP II da Tec Toy é um exemplo de jogo que tinha esta trava... Lembra? rsrs

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