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Dual boot transparente

Está cansado dos problemas do sistema das janelinhas, mas precisa mantê-lo no PC por algum motivo? Veja como fazer um dual boot “transparente” em PCs com firmware UEFI, de modo em que você quase se esquece de que ele (ainda) está lá!



O primeiro passo é, logicamente, fazer o dual boot propriamente dito. Com os dois sistemas operacionais devidamente instalados o gerenciador de boot GRUB exibe um menu a cada vez em que o PC é iniciado, para escolher o sistema que será carregado.

Como a ideia aqui é deixar o Windows em um claro segundo plano devemos editar o comportamento do GRUB. Para tanto, entre no seu Linux (como vocês provavelmente devem saber, aqui eu uso o Debian 11) e editem o arquivo de configuração do GRUB:

$ sudo nano /etc/default/grub

No arquivo altere apenas a linha GRUB_TIMEOUT para o valor zero, como mostrado abaixo:


Salve e feche o arquivo (no editor de texto nano use Ctrl+O e Ctrl+X). Agora devemos atualizar a configuração no GRUB, o que pode ser feito pelo comando:

$ sudo update-grub


Pronto! Agora o PC irá automaticamente carregar a sua distribuição Linux, e ainda por cima reduzindo o tempo de boot! 😎

Preciso entrar no Windows, e agora?

Para entrar no sistema do tio Bill acesse o utilitário de configuração da placa-mãe (geralmente pressionando as teclas DEL ou F2 ao iniciar o PC), localize as opções de boot e escolha o Windows Boot Manager. O nome da opção pode mudar conforme o modelo e fabricante da placa, mas o procedimento é o mesmo.


O PC carregará o Windows, mas na próxima inicialização abrirá a sua distribuição Linux automaticamente.

No meu caso cansei de sofrer com os bugs do Windows 11 em sistemas Ryzen (recentemente a AMD declarou que vai “investigar” os problemas…) e abracei definitivamente o Debian 11 com o KDE como o meu sistema operacional principal. Engasgos nunca mais!

Todas as minhas necessidades de aplicativos estão resolvidas, seja com o uso de opções de software livre ou por virtualização – estou desenvolvendo um software no Visual Studio 2022 totalmente em uma máquina virtual. No lado dos jogos o Proton faz um trabalho fenomenal, se bem que por falta de tempo ando jogando cada vez menos.

Mantive o Windows 10 no PC (vade retro Windows 11! 👹) apenas para usar a minha placa de captura que não tem driver para Linux (nem para Windows ela tem bom suporte, visto que o seu último driver é de 2012 feito para o Windows 8, mas que funciona no 10), e porventura para jogar algum título que não funcione de jeito nenhum no Proton.

Comentários

  1. Dica bastante interessante! Infelizmente não é tão fácil assim nos livrarmos do Windows, principalmente para quem gosta de jogar no PC e depende de outros tipos de softwares que rodam somente nele! Por esse motivos que eu opto pelo Dual Boot até hoje!

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