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Rebuild #6 – Bartão (Parte 4 – Aplicações)

Existe vida além dos benchmarks. Veja aqui o Bartão rodando sistemas operacionais e softwares antigos e novos! 😎


Antes de prosseguir, confira a seleção de componentes, a montagem e o overclock do Bartão caso ainda não o tenha feito. 😉

Aplicações clássicas

Mostrarei aqui algumas aplicações que eu usei muito na época, começando pelo clássico Microsoft Office 2003:



Como o Bartão foi o meu primeiro PC a contar com uma unidade de DVD-RW, na época eu passei a fazer cópias alternativas dos DVDs que eu pegava nas saudosas locadoras (somente para uso pessoal! 😇). Para remover as travas de proteção dos DVDs eu usava o DVD Decrypter:


O DVD Decrypter gera uma imagem idêntica ao do DVD original, porém sem as proteções contra cópia e travas de região, permitindo que o DVD alternativo fosse gravado com qualquer software:


Aplicações modernas

Como todos devem saber, o Windows XP está sem suporte desde 2014 e assim jamais deve ser considerado como uma opção viável de sistema operacional de produção. Mas será que dá para usar o Bartão com algum SO moderno e ainda com suporte? Para descobrir, adicionei um novo disco rígido para testar, um Samsung de 40 GB de 7.200 RPM e 2 MB de cache:


Para os testes mantive o overclock que vimos na parte anterior, ou seja, temos um Athlon XP 2500+ @ 3200+.

Pinguim superpoderoso

Como gosto de distribuições Debian like resolvi testar com o Lubuntu 16.04 LTS, que terá suporte até o ano que vem e é voltado para PCs mais modestos.


Criei uma partição de 3 GB dedicada para swap para tentar melhorar o desempenho, uma vez que o Bartão tem apenas 1 GB de RAM.


A instalação é praticamente idêntica à do novíssimo Ubuntu 20.04 LTS, aqui temos a criação do usuário e a cópia dos arquivos:



A instalação até que correu bem e não demorou tanto. Vamos reiniciar para conferir o Lubuntu!


A tela do GRUB:


Mas a alegria durou pouco... 😢


Achando que talvez fosse um problema no disco rígido refiz a instalação com outro disco, mas o problema ocorreu da mesma forma. Assim decidi partir para outra alternativa.

O mundo das janelas

Uma vez que o Bartão não tem suporte ao conjunto de instruções SSE2, além dos recursos PAE (Physical Address Extension, que permite a processadores de 32 bits acessarem mais de 4 GB de RAM) e NX (No eXecute, que permite marcar segmentos da RAM como não executáveis, de modo a prevenir ataques de softwares maliciosos), não há como instalar o Windows 8 e superiores.

Assim tive que partir para o velho e bom Windows 7, que teve suporte até janeiro deste ano e assim é infinitamente menos vulnerável do que o XP.


Como uso um pendrive como mídia de instalação, a cópia dos arquivos é bem mais rápida do que seria em uma mídia óptica, ainda mais em PCs legados como o Bartão.


Os drivers do chipset NForce2 para o Windows XP funcionaram perfeitamente, uma vez que simplesmente não há drivers para o 7.


Com os drivers da Microsoft para a GeForce 6800 (os últimos drivers da Nvidia para esta GPU não funcionaram, ao contrário do chipset), até mesmo a interface Aero foi habilitada! 😲


Mas para poupar cada gota de performance do Bartão, reverti para a interface clássica que melhorou bastante a responsividade do PC. E na pontuação do Windows ele não fez feio!


Com o Windows 7 rodando razoavelmente bem, parti para os testes com softwares contemporâneos. O Chrome não funcionou:


E o Firefox requer o conjunto SSE2:


Assim restou apenas o Internet Explorer 11 como opção de browser “moderno”. Até que renderização não demorou muito, mas sem chance em sites mais “pesados” como o YouTube.


Partindo para os pacotes de escritório, eu não ousaria em instalar qualquer versão do MS Office moderna, assim escolhi os alternativos. O instalador do LibreOffice usa 100% do Bartão e para de responder na parte de “validação da instalação”. Tentei várias outras vezes e esperei bastante para ver se o instalador voltasse a responder, sem sucesso.


Entretanto o OpenOffice da Apache funcionou perfeitamente, e olha, a performance não foi ruim não!



Por fim, é logico que eu não vou indicar para ninguém usar um antigo Athlon XP como máquina de trabalho hoje em dia, pois seria inviável. Mas foi legal ver que o velho e bom Bartão se comportou de forma elegante em várias tarefas, principalmente em tarefas típicas de escritório com o OpenOffice.

Até a próxima!

Comentários

  1. Que nostalgia ver uma máquina dessas. Eu já tentei usar na internet uma máquina com Placa mãe Asus com chipset VIA (não lembro o modelo), 1GB de memória RAM, Athlon XP 2600+ (256KB de cache L2), 40GB de HD IDE Samsung com Windows XP SP3 e Office 2007 (que, por incrível que pareça, rodou mais leve que o Office 2003 com suplemento para .docx). Para documentos, o PC se saía bem, mas na internet (com o Chrome 26, acho que o último que serve em processador sem SSE2), os sites ficavam bem pesados... facebook então nem se fala... era 100% de CPU a todo o momento. Rodando 3dmar01 consegui algo em torno de 2300 pontos usando o vídeo onboard VIA S3G.

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