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Intel anuncia os Core de décima geração

Ficando cada vez mais para trás nos chips x86, a Intel apressou o lançamento da sua nova geração de processadores mainstream. Veja as minhas impressões.


Como a Intel anunciou toda a linha numa paulada só, primeiramente reproduzirei aqui todos os modelos usando os slides da própria e em seguida tecerei os meus comentários. Vale lembrar que os modelos “K” possuem o multiplicador destravado e os “F” não possuem um chip gráfico integrado.




Vamos aos principais pontos:
  • 14 nm+++++++++++++: ainda não foi desta vez que a Intel conseguiu sair da defasada litografia de 14 nm;
  • Core i7 virou i3: agora todos os Core passam a contar com o Hyper Threading, além de um aumento no número de núcleos nos modelos superiores: os i9 passam a ter dez e os i7, oito. Isto leva a uma situação curiosa, pois um i7 de poucos anos atrás como o 7700K hoje se equipara a um i3. O que a concorrência não faz!
  • TDP elevado: os modelos “K” batem nos 125 W, e assim certamente exigirão soluções térmicas mais caras;
  • Salada das frequências: a Intel apresentou uma porrada de frequências de operação possíveis para cada processador, criando uma confusão incrível. Considero digno de nota o Turbo Boost 3.0, um recurso oriundo dos processadores Core do segmento superior (soquete LGA 2066), que elege os dois melhores cores do chip e concentra neles os serviços mais “pesados”;
  • Memória mais rápida: agora será possível usar módulos DDR4 acima dos 2400 MHz sem perder a garantia. Nos i9 e i7 o suporte chega aos 2933 MHz, e 2666 Mhz nos demais modelos;
  • Cara de pau: tradicionalmente os processadores “K” são voltados para overclock e a Intel sempre cobrou mais por eles. Porém os que quiserem fazer tal procedimento sem perder a garantia precisarão pagar por planos de cobertura adicional. Trocando em miúdos, nos termos da Intel os adeptos do overclock terão que pagar duas vezes! 😡
  • Nada de PCI Express 4.0: embora atualmente o PCIE 4.0 tenha vantagens restritas (basicamente, apenas SSDs NVMe topo de linha), é difícil aceitar que novos processadores em uma nova plataforma ainda continuem limitados ao padrão anterior;
  • A velha dança dos soquetes: a nova geração usa o soquete LGA 1200, impedindo qualquer possibilidade de upgrade sem trocar a placa-mãe para quem tem os modelos anteriores. E este soquete também terá vida curta, pois será substituído no advento das memórias DDR5. Ou seja, é outra plataforma Intel que já nasceu morta! 😨
  • Segurança: como são novas peças de silício, estes processadores já estão corrigidos das inúmeras falhas de segurança? Fica a pergunta.

Para finalizar, analisando este lançamento posso afirmar sem medo de errar que a AMD novamente está na vanguarda dos chips x86. A época do Athlon 64 voltou.

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