Nesta parte da série do meu PS5 fake estudarei o funcionamento no Ubuntu. Será que a combinação Nvidia + Wayland finalmente vai dar boa?
O Ubuntu 25.04 vem com os novíssimos kernel 6.14 e Gnome 48. Será que a combinação de GPU Nvidia com o Wayland finalmente ficou utilizável?
Posso dizer que com o driver na versão 570 o funcionamento é perfeito, não notei nenhum problema como aqueles que encontrei na última vez que avaliei tal solução. Maravilha! Antes tarde do que mais tarde ainda!
Aliás, o gerenciamento de drivers do Ubuntu sem dúvida é um grande diferencial e deveria ser usado por outras distribuições. Além do vídeo praticamente tudo funciona nele, até mesmo aquele adaptador Wi-Fi xing ling tem grande chance de funcionar.
Também não houve problema para lidar com as especificações do monitor utilizado, que possui a taxa de atualização de 75 Hz.
O Ubuntu traz consigo várias opções para customizar o Gnome, não sendo necessário ficar buscando extensões que podem não funcionar direito. Desse jeito até me deu uma pontinha de saudade desta interface (sempre achei o Gnome puro um tanto quanto contraproducente, minha opinião), mas estou muito feliz e satisfeito com o KDE. 😁
A seleção da cor de destaque é outra inovação trazida pelo Ubuntu.As funções de gerenciamento de uso do sistema são uma novidade do Gnome 48, as achei bem interessantes para nos lembrar de sair da frente do computador.
Aqui temos o gerenciador de arquivos padrão da interface.
Esta é a loja de aplicativos. Ela permite obter os softwares tanto em Snap (o formato criado pela Canonical) quanto nos tradicionais pacotes DEB.
Os pacotes no formato Snap são a parte mais controversa do sistema. Particularmente não tenho nada contra e eles funcionam muito bem (prefiro ter o software disponível seja em qual formato for), o maior problema é que a “concorrência” com o Flatpak alimenta um velho paradigma do Linux em geral, que é a fragmentação.
Se houvesse um formato de pacote unificado que funcionasse out of the box na maioria das distribuições, talvez mais desenvolvedores ficariam encorajados em aderir ao Linux. Na data em que publico este texto tudo aponta que será o Flatpak pela maior popularidade, apenas a Canonical não quer abrir mão do seu formato próprio. Vamos ver até quando.
O veredicto
De um modo geral o Ubuntu 25.04 é um bom lançamento, com várias atualizações e novidades. Durante o tempo que estou com ele não encontrei nenhum problema digno de nota, o sistema se manteve bastante estável.
O seu maior problema não está nele próprio, mas sim no calendário de lançamentos da Canonical que prevê apenas nove meses de suporte para as versões que não são LTS. No meu caso não há grandes estresses pois este é um PC secundário, porém na maioria dos casos talvez seja melhor optar pelo último LTS (que é a versão 24.04) e torcer para que a Canonical porte o driver 570 da Nvidia o quanto antes, caso você tenha uma GPU do lado verde da força.
Por hoje é só, pessoal. Na próxima parte mostrarei como foi o desempenho em jogos, até lá!
"Se houvesse um formato de pacote unificado que funcionasse out of the box na maioria das distribuições". Meu sonho que o Linux fosse assim, nada contra as distros linux, mas pra mim umas das coisas mais irritantes é não ter isso. Só isso aí dificulta a vida das pessoas quando elas querem instalar um software específico, e não acham um .deb que funciona, e nem conseguem instalar pelo apt-get, pois não acham nenhum repositório. Fora a parte dos drivers específicos que é meio chata, mas o linux tem driver pra quase tudo, mas se não tiver... aí é bem complicado de achar e instalar. Passei por isso com algumas impressoras e dispositivos específicos.
ResponderExcluirPois é. Pode parecer uma utopia minha, mas bem que as principais distribuições poderiam fazer um consórcio para padronizar alguns aspectos do sistema como um formato unificado de pacotes, nos mesmos moldes por exemplo da PCI-SIG. Juntando distros como o Debian, Ubuntu, Fedora/Red Hat, SUSE e Arch já resolveria o problema, pois a maioria esmagadora das demais distribuições são baseadas nessas.
ExcluirMas infelizmente isso é bastante improvável de acontecer, já que cada uma delas tem a sua própria "filosofia" e muitos egos envolvidos também. O pessoal precisa ser mais pragmático para alavancar o Linux nos desktops, a Valve fez muito mais para popularizar o sistema do que qualquer discurso bonito do Richard Stallman que ainda norteia muitos dos projetos.