Pular para o conteúdo principal

Rebuild #9 – My First SLI (Parte 1 – Apresentação)

Se hoje o SLI não serve para muita coisa, nem sempre isso foi assim: houve uma época em que os arranjos com mais de uma GPU eram considerado o futuro. Na nona temporada do projeto Rebuild remontarei o meu primeiro PC que teve duas placas de vídeo. Confira!

O contexto histórico e pessoal

Se até a época do Athlon 64 X Pentium 4 a AMD era a rainha absoluta do x86, a partir do lançamento da linha Core o cenário mudou de figura. Baseado em uma evolução da microarquitetura do Pentium III (a Intel abandonou completamente a Netburst do Pentium 4), os Core marcaram uma notável evolução em desempenho que acabou por recolocar a Intel no topo.

Embora tivessem um ótimo desempenho os Core 2 Duo e Quad faziam parte da plataforma LGA 775, originalmente projetada para os Pentium 4 e que trazia o controlador de memória no chip ponte norte ao invés do processador. Nesta arquitetura, para acessar a RAM o processador precisa se comunicar com o chip ponte norte através do barramento frontal, o que introduz uma latência indesejável. Foi apenas nas vindouras gerações dos Core que a Intel moveu o controlador de memória para o processador, coisa que os primeiros Athlon 64 já tinham.

No lado pessoal, avancemos o tempo até o início de 2012 quando eu tive uma febre de upgrade para o meu Core 2 Quad. Na época haviam basicamente duas opções no segmento de alto desempenho: no lado vermelho da força o FX 8150 (com a controversa microarquitetura Bulldozer) e no lado azul o Core i7 2600K - ambos foram lançados no final de 2011. Após muito ler os péssimos reviews dos FX (eles perdiam para os Phenom II em IPC...) acabei optando pelo 2600K.

Quanto à placa de vídeo, inicialmente eu mantive a Radeon HD 5770 que usava com o Core 2 Quad. Em 2013 a troquei por uma GeForce GTX 760, seguida por outra 760 no início de 2014. Nesta época ainda fazia sentido montar um SLI ou Crossfire, e de fato eu me diverti muito com esse SLI - reviews da época apontavam que as duas GTX 760 ficavam muito próximas da GTX 780 Ti, a topo de linha do momento.

Mas chega de conversa e vamos à apresentação dos componentes!

Processador – Intel Core i7 2600K

O 2600K marcou a introdução da segunda geração dos Core i, baseado na microarquitetura Sandy Bridge de 32 nm e na plataforma soquete LGA 1155. Detalhes

Placa-mãe – Gigabyte Z68X UD3-B3

Baseada no chipset Z68 que era o topo de linha na época (com suporte a overclock e ao SLI), esta placa é a mesma que usei desde 2012 e continua firme e forte, tendo sido aplicada também em diversos outros projetos do blog.

Conta com um slot PCIE x16, um x16@x8 e dois x1, todos 2.0, além de dois PCI de legado. Possui ainda quatro portas SATA-600, sendo duas controladas pelo chipset Z68 e duas por um chip Marvell 88SE9172, e mais quatro portas SATA-300 controladas pelo chipset.

Oferece ainda quatro portas USB 3.0 (atualmente 3.1 Gen1) controladas por um chip EtronTech, uma porta Gigabit Ethernet controlada por um chip Realtek RTL8111E e um codec de áudio Realtek ALC889. Em muitos aspectos é uma placa atual até hoje.

Placas de vídeo – 2x Nvidia GeForce GTX 760 (Gigabyte Windforce 3X)

Nestas placas a GPU GeForce GTX 760 roda a 1085 MHz (o padrão das 760 é 980 MHz), podendo chegar a até 1150 MHz na frequência boost. As demais características são: 1152 CUDA Cores na microarquitetura Kepler, 32 ROPs e 2 GB de VRAM rodando a 6008 MHz, com interface de 256 bits.

Esta é a primeira temporada da série Rebuild que aborda uma configuração que já foi mostrada aqui, nos primórdios do blog. O tempo passa!

RAM – 16 GB Patriot Viper DDR3-1600

Os mesmos módulos que usei na época.

SSD – Corsair Force LS de 120 GB

Também o mesmo SSD que usei, com interface SATA-600.

Disco rígido – Seagate de 250 GB

Um disco básico, com 7.200 RPM, 8 MB de cache e interface SATA-300.

Refrigeração – Cooler Master Hyper N620

Este talvez é o componente mais antigo que ainda está em uso regular: tenho ele há mais de dez anos!

Fonte de alimentação – Seventeam V-Force de 850 W

Com certificação 80 Plus Bronze, é a mesma fonte da época!

Gabinete – Thermaltake Armor VA8000B

Também oriundo do período, é um monstro em todos os sentidos: tamanho, espaço e peso!

Sistema operacional – Windows 7 Ultimate

Não há como montar um PC do início da década sem usar o clássico Windows 7!

Até a próxima parte!

Comentários

Postar um comentário