Pular para o conteúdo principal

Rebuild #8 – Quad Speed (Parte 1 – Apresentação)

Na oitava temporada da série Rebuild, mostrarei o momento em que voltei a usar um processador Intel depois de quase uma década. Confira a seleção dos componentes!

O contexto histórico e pessoal

A partir do lançamento do Athlon em 1999 a AMD mostrou que era capaz de projetar processadores capazes de competir com os Intel em pé de igualdade, inclusive no segmento de alta performance. O Athlon evoluiu para o Thunderbird, Athlon XP e finalmente o Athlon 64 em 2003, que trouxe o novo conjunto de instruções x86-64 e solidificou a AMD como uma formidável competidora no mercado de processadores.

No lado azul da força as coisas não iam bem. Chafurdando desde o ano 2000 na lama da microarquitetura Netburst, a Intel não conseguia apresentar processadores competitivos principalmente se comparados à elegância da microarquitetura K8 dos Athlon 64. Devido à ineficiência da longa pipeline da Netburst, os Pentium 4 eram processadores ineficientes e que esquentavam bastante, pois precisavam operar a altas frequências para mascarar as falhas da sua microarquitetura.

Abrindo parênteses, aproveito para deixar uma explicação grosseira do conceito de pipeline, caso o leitor não seja versado nos termos técnicos. Imagine a pipeline como a linha de produção do processador, e os seus estágios seriam as pessoas desta linha. Quanto maior o número de estágios, mais tempo é necessário para percorrer toda a pipeline e o controle precisa ser muito apurado, pois qualquer erro faz com que a longa pipeline tenha que ser percorrida novamente, o que penaliza o desempenho do processador. 

Em uma pipeline maior cada estágio dela realiza menos tarefas, requerendo uma frequência maior para entregar o mesmo nível de desempenho de um processador com pipeline reduzida. E quanto maior a frequência, mais crítica fica a supracitada questão do controle e sincronismo. Basicamente, estes eram os motivos da ineficiência dos Pentium 4.

Para voltar a ser competitiva a Intel teve que descartar completamente a microarquitetura Netburst em favor da Core, que foi desenvolvida por engenheiros da equipe de Israel a partir da microarquitetura do Pentium III, que por sinal possui uma pipeline reduzida. Os primeiros processadores Core 2 Duo foram lançados em 2006. 

No lado pessoal, fiz este upgrade no início de 2009 - eu não usava um processador Intel desde o Pentium MMX. Como os processadores Core 2 mostraram uma competitividade absurda na época, voltei ao lado azul da força com um Core 2 Quad Q6600, que também trouxe dois núcleos a mais em relação ao Athlon 64 X2. Mas chega de conversa e vamos à apresentação dos componentes!

Processador – Intel Core 2 Quad Q9450

Como afirmei no parágrafo anterior, na época eu tive um Q6600 que ficará para um vindouro projeto. Aqui usarei um Q9450, que conta com 12 MB de cache e basta subir o FSB dos 1333 MHz originais para 1600 MHz de modo a “transformá-lo” em um Core 2 Extreme QX9775, o topo de linha do soquete LGA 775.


Placa-mãe – Asus P5QC

Uma placa topo de linha com o melhor chipset da plataforma LGA 775, o Intel P45. Também suporta memórias DDR3. Detalhes.

Placa de vídeo – AMD Radeon HD 5870

A série Radeon HD 5000 trouxe as primeiras GPUs do mundo com suporte ao DirectX 11, tornando-se imediatamente o sonho de consumo da PC Master Race. A HD 5870 foi o meu objeto de desejo na época (tive uma HD 5770), que somente pude realizar agora. Detalhes.

RAM – 8 GB Geil Enhance Corsa DDR3-1600 (2x 4 GB)

Já que o objetivo aqui é montar um sistema LGA 775 topo de linha e a placa-mãe suporta, optei por usar módulos DDR3 para “turbinar” ainda mais o PC!

Disco rígido – WD Caviar Black de 500 GB

Com 7.200 RPM e 32 MB de cache, foi um disco mecânico topo de linha em 2009. E este é exatamente o mesmo que usei! 😃

Refrigeração: Cooler Master Blizzard T2

É um cooler compacto, mas muito eficiente, plenamente capaz de segurar a temperatura do Quadão mesmo em overclock. Detalhes.

Fonte de alimentação – Seventeam de 500 W

Um modelo básico da época, dá para o gasto.

Gabinete – ATX padrão

É o mesmo gabinete que usei com o Quadão em 2009, que será colocado novamente na ativa!

Sistema operacional – Windows Vista Ultimate SP2

Após o Service Pack 2 o Windows Vista ficou “usável”, e em conjunto com o Core 2 Quad é possível obter uma experiência muito boa. Digamos que o Vista foi um sistema operacional a frente do hardware da sua época.

Este foi o Windows que menos usei na minha carreira, pois no mesmo ano em que comprei o Core 2 Quad e instalei o Vista saiu o Windows 7, para o qual migrei no dia do lançamento. 

Até a próxima parte!

Comentários

  1. Ficaria mais show ainda se fosse um Q9650!, mas uma excelente máquina!

    ResponderExcluir
  2. Bacana!!!
    Eu estava esperando essa serie rebuilding até agora! Me lembro quando voce comentou que faria.
    Isso porque tenho um pc que ainda uso até hoje, com um processador Core 2 Quad Q9540 numa MB Asus P5P43TD, 8Gb Ram, rodando Win7 pro e Linux Mint Mate.
    Consigo jogar uns jogos relativamente atuais com ele.
    Ansioso para ver os benchmarks!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Show! Os Core 2 Quad ainda são processadores muito capazes para diversas tarefas.

      Excluir

Postar um comentário