Pular para o conteúdo principal

Não comprem hardware agora!

A junção da terrível pandemia com a alta do dólar deixou os preços de hardware simplesmente impraticáveis no Huezil.




No início da crise do COVID-19 eu afirmei que aquela era a hora de comprar hardware, pois a tendência era de os preços subirem ainda mais. Não me acho um grande guru pois aquela era uma profecia muito fácil de ser imaginada, porém infelizmente foi o que aconteceu.

Cito um exemplo: atualmente uma placa AM4 A320 está no mesmo preço de uma B450 no começo do ano:


O mesmo pode ser verificado nas memórias, SSDs (que subiram demais, visto que estavam a preço de banana), placas de vídeo e processadores.

Enquanto que todo o planeta está lidando com a pandemia e com a crise econômica associada, na bananolândia nós também temos que encarar uma crise política interminável oriunda de um governo moribundo, comandado por um desequilibrado.

Portanto, salvo por motivos específicos como a substituição de componentes defeituosos, não comprem hardware agora. Não usem o seu suado dinheiro para pagar por esse ágio, pois até mesmo não há como saber a que ponto a crise econômica chegará. Aqui no blog tenho algum hardware para mostrar ainda, porém ele foi comprado há um certo tempo e está na fila para ser documentado e publicado. Time que é good eu num have.

Por fim, tudo perde completamente o sentido diante de tantas famílias enlutadas. Que Deus conforte os seus corações.

Comentários

  1. Solução para o problema: indústria nacional!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas sem reserva de mercado!!! :-)

      Excluir
    2. Ehhh tipo anos 1980 que tínhamos CCE e carro Monza hahahaha mas olha, dependendo da forma com que há fomento de indústria nacional vale a pena, por exemplo, impor barreiras de importação ao mesmo tempo fomentar a concorrência de multinacionais com indústria nacional dentro do Brasil para mercado interno e a exportação, não seria ruim não, acredito que a desvalorização do Real frente ao Dólar Americano é um primeiro passo mas ultimamente isso anda muito complicado, o país já não tem privilégios na OMC ao mesmo tempo quer que entre na OCDE em detrimento do Mercosul, enfim, não entendo a lógica pro comércio exterior que está se desenhando nesse governo.

      Excluir
  2. Sou de São Paulo capital e antes mesmo deste coronavirus dava pra contar nos dedos as lojas da santa Efigênia que trabalham com peças e hadware para pcs e até mesmo os shopping e galerias nos box

    ResponderExcluir
  3. Se for indústria nacional concorrendo com os fabricantes internacionais, sem ser apadrinhado pelo governo, concordo com isso. Agora se for para o governo fechar o mercado, apadrinhar meia dúzia de indústrias e nos tornar refém delas e do próprio governo, discordo totalmente. Quanto mais concorrência, melhor. Outro problema diz respeito as contas públicas e a "desarrumação" da economia deste país, o que já vem de anos... e isso impacta na força da moeda.

    Resumo: se houver mais concorrência e o Brasil for arrumado (contas públicas, tamanho do Estado, burocracia, etc), será melhor para tudo, inclusive para comprar hardware.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Perfeito. Isso requer reformas profundas, difíceis de serem feitas, que contrariarão muitos interesses, tanto públicos quanto privados. E cujo resultado não será imediato. Talvez a partir de 2023 se tivermos sorte...

      Excluir
    2. Para esclarecer, me refiro a interesses corporativos.

      Excluir
  4. A indústria nacional TEM que ser protegida a qualquer custo...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O ideal para a proteção da indústria nacional seria uma redução da carga tributária aliada a uma modernização das relações trabalhistas, algo utópico na bananolândia.

      Assim, sucessivos governos apelaram para desastrosas políticas como a reserva de mercado (1984 a 1991), além de outras medidas protecionistas como aumento do imposto de importação. Tais práticas, além de não melhorarem a competitividade da indústria nacional (ao contrário, elas ficaram mais "folgadas" como aconteceu na reserva de mercado), ainda taxam a sociedade como um todo pelo alto custo dos produtos finais, sejam eles nacionais ou importados.

      Excluir
    2. Não é viável baixar a carga tributária com o Estado atual. Temos que começar imediatamente acabando com o Manicômio Tributário -- mas com alíquotas altas no início. Apenas a simplificação e a racionalização do sistema já diminuirão enormemente a insegurança jurídica e por si ajudarão a baixar os custos das empresas, além de tornar a tributação compreensível para o cidadão. Aliada com uma reforma administrativa, que ajude a aumentar a eficiência do setor público, talvez depois de alguns anos (uma década chuto eu) seja possível pensar em reduzir a carga tributária.

      Contudo, não é simples. Reforma tributária de verdade, que obedeça a princípios republicanos, aumentará a carga tributária para muita gente que hoje paga pouco ou nada de imposto.

      Este nosso presidencialismo infame precisa também ser repensado, o número de partidos com representação no parlamento drasticamente reduzido, etc, etc.

      Isso tudo requer discussão séria, empenho para construção de consensos. Não vejo chance com a polarização estúpida que tomou conta do Brasil.

      Excluir
    3. Sem dúvida é algo complexo, mas que certamente passa por uma reforma tributária em conjunto com uma modernização da CLT.

      Mas com essa infindável instabilidade política, é algo que fica para um futuro deveras incerto e distante.

      Excluir

Postar um comentário