Sim, a série Rebuild está de volta! A estrela desta quinta temporada é um processador que marcou época, o lindo, clássico, maravilhoso e atemporal AMD Athlon XP!
A quinta temporada da série Rebuild marca também um bom período de minha vida pessoal. Enquanto as configurações mostradas até a Rebuild #4 eram montadas com muito sacrifício e contando os centavos, a partir desta eu havia conquistado um bom emprego e dinheiro não era mais problema. Imaginem um nerd morando sozinho e sem dependentes? Ia (quase) tudo para comprar hardware! Bons tempos!
Com o mesmo princípio que norteia esta série, os componentes tentam ser os mais próximos possíveis do que eu usei na época, com algumas pequenas “licenças poéticas” para a aplicação de peças que eu queria ter no período, mas que por algum motivo eu não consegui.
A configuração mostrada aqui foi montada em dezembro de 2003. Vamos à apresentação!
Processador – AMD Athlon XP 2200+
Houveram três grandes famílias do Athlon XP: Palomino, Thoroughbred (nas revisões A e B, a última com maior refinamento) e Barton. Além das maiores frequências de operação e da menor dissipação térmica, a grande vantagem dos Athlon XP frente aos Thunderbirds era a presença do conjunto de instruções SSE, que na época já começava a ser utilizada em uma maior escala.
Vale destacar que o processador mostrado aqui foi exatamente o que eu usei!
As suas características técnicas são as seguintes:
- Frequência de operação de 1,8 GHz;
- Frequência do barramento frontal de 266 MHz DDR, com multiplicador 13,5;
- Tensão de alimentação de 1,6 V;
- Cache L1 de 128 KB, sendo 64 KB de dados e 64 KB de instruções;
- Cache L2 on-die de 256 KB, acessado na mesma frequência do núcleo (1,8 GHz);
- Conjuntos de instruções MMX, 3DNow! e SSE;
- Microarquitetura K7, família Thoroughbred B;
- Litografia de 0,13 µm;
- TDP de 62,8 W;
- Soquete A (462).
O código de modelo “2200+” refere-se a um índice de equivalência criado pela AMD, segundo o qual este processador seria tão ou mais rápido do que um Pentium 4 de 2,2 GHz.
Placa-mãe – Asus A7V8X-X
Na época eu tive uma Asus A7V333 R2.0 que trazia o lendário Via KT333CF, a última revisão deste chipset que suportava extraoficialmente a frequência de 333 MHz DDR no barramento frontal. Como esta placa faleceu há muitos anos, aqui ela foi substituída pela A7V8X-X com o chipset Via KT400 que pode ser vista em detalhes aqui.
Em termos de recursos os chipsets KT333CF e KT400 são bem similares, sendo que o último suporta oficialmente o barramento frontal em 333 MHz DDR, módulos de memória DDR-400 e o AGP 8X, enquanto que o primeiro suporta apenas módulos até DDR-333 e o AGP 4X.
RAM – 512 MB DDR-400
Exatamente a mesma quantidade que eu tinha em 2003, porém eram dois módulos de 256 MB DDR-333.
Placa de vídeo – Nvidia GeForce FX 5900 (MSI)
Na época eu contava com uma GeForce 4 Ti4800 SE (que basicamente é uma Ti4400 com suporte ao AGP 8X) que comprei usada através do antigo fórum hardMOB. Infelizmente eu a vendi há muitos anos e hoje é difícil achar uma para comprar aqui no Huezil, assim como todas as GF4 Ti – as GF4 MX se acham aos montes a preço de banana, mas não as Ti.
Desta forma decidi usar neste projeto a FX 5900, que é a “sucessora espiritual” da Ti4800 SE. As suas características são as seguintes:
- Frequência de operação da GPU de 400 MHz;
- 128 MB DDR de VRAM com frequência de 425 MHz acessada a 256 bits (largura de banda de 27,2 GB/s);
- Suporte ao DirectX 9.0b e OpenGL 2.0;
- Interface AGP 8X (também compatível com 2X e 4X);
- Litografia de 0,13 µm;
- Utiliza um conector de periféricos (Molex) para alimentação auxiliar;
- Custava cerca de US$ 400 no lançamento em 2003.
Um ponto negativo dos chips GeForce FX é que eles esquentam para carvalho, tanto que há uma segunda ventoinha no lado das soldas:
Já um ponto positivo desta placa é a presença de uma porta DVI-I, que fornece imagens com uma qualidade muito melhor e facilita bastante a captura.
Placa de som - Creative Sound Blaster PCI 128
Como a A7V8X-X traz um simplório circuito de áudio AC97, a Sound Blaster PCI 128 é uma opção muito melhor em termos de qualidade sonora e recursos. Vale lembrar que esta placa foi doada pelo amigo Alexandre.
Disco rígido – Samsung SpinPoint de 80 GB
Conta com rotação de 7.200 RPM e buffer de expressivos (para a época) 2 MB. Durante algum tempo dividiu com o Maxtor D740X e com o IBM Deskstar 75GXP o posto de topo de linha dentre os discos rígidos IDE, sucedendo o Quantum Fireball Plus AS (utilizado no Rebuild #4) que foi o primeiro disco IDE de 7.200 RPM.
Eu usei exatamente o mesmo modelo, porém era de 40 GB.
A interface é uma IDE/ATA-100 (UDMA5):
A placa traz o chip controlador e o de memória que compõe o buffer.
Unidades ópticas – Gravador CD-RW Sony e CD-ROM Benq
Dada a baixa durabilidade das unidades ópticas e o custo relativamente elevado que elas tinham na época, o CD-RW eu usava apenas para gravar mesmo e todo o resto era feito pelo CD-ROM. Logicamente que as unidades que eu utilizei, ambas da LG, já bateram as botas faz tempo.
Cooler – padrão AMD
Dá para o gasto e para algum overclock futuro. O sistema de fixação de presilha com ranhuras para a colocação da chave de fenda é muito bom.
Fonte de alimentação – Thermaltake W0009 de 420 W
Como o projeto da placa-mãe Asus A7V8X-X alimenta o processador a partir da linha de 5 V (notem a ausência do conector auxiliar de alimentação do processador), é melhor usar uma fonte ATX 1.X que traz maiores potência e corrente justamente na linha de 5 V.
Sistemas operacionais – Windows XP Professional SP3 e Windows 98 SE
Foi com esse PC que eu finalmente deixei o Windows 2000 e fui para o XP, enquanto que o 98 ficava para jogos e aplicações incompatíveis com o XP.
Athlon XP, placa Asus, vídeo GeForce... tem como ser mais classiqueira que isso? Tem, sim! Mete um Sound Blaster que tá feito o brique! Estou feliz demais por poder contribuir pra esse setup especial dos anos 2000, e espero que as outras peças doadas também sirvam pra projetos futuros. Aquele abraço e vida longa ao melhor site de velharias retrô :D
ResponderExcluirValeu! :-)
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