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Apresentando o Pentium clássico (Parte 2 - Overclock)

Coloquei o Pentium de 133 MHz para funcionar acima da sua frequência padrão. Veja como ele se saiu!



Antes de prosseguirmos, uma pequena nota: a partir de agora os meus testes de overclock em CPUs antigas serão sempre sem aumentar a tensão de alimentação dos chips, de modo a minimizar a chance de danos. 😉

Pegou de primeira

Originalmente o Pentium 133 MHz utiliza o FSB na frequência de 66 MHz (e tensão de alimentação de 3,3 V), com multiplicador 2. Para fazer overclock no bichinho reduzi o multiplicador para 1,5 (o menor disponível na placa-mãe Asus P5S-B para este processador) e fui subindo o FSB, até atingir a frequência de 112 MHz que é a máxima suportada pela placa.

O Pentium 133 rodou em 168 MHz (112 X 1,5) numa boa, sem qualquer sinal de instabilidade! Wow!


Lembrando que os demais componentes de hardware são os mesmos mostrados na série Rebuild #2, enquanto que o processador em si foi apresentado na primeira parte

Benchmarks

Mas vamos aos benchmarks! Entre parênteses está a diferença obtida pelo Pentium em overclock em relação ao padrão.  Comentarei apenas os resultados que merecem destaque - como vocês verão, o bichinho surpreendeu! Como sempre, acompanhe as tabelas comparativas completas na página de benchmarks clássicos.

Norton System Info 6.01 (21,5%)


3DBench 1.0

Este teste não é confiável para avaliar processadores acima do 80486, assim o mantive apenas por curiosidade.


3DBench 1.0c (21,7%)

Neste teste o Pentium OC encostou no MMX, muito bom!


SpeedSYS 4.78 CPU (20,4%)


Chris´s 3D (20,3%)


PC-Config 8.20 CPU (20%)


Doom (Demo 2 – 320 X 240 – 18,5%)

O Pentium OC encostou no K6 e no MMX.


Doom II (Demo 2 – 320 X 240 – 19,5%)

Aqui o Pentium OC também chegou junto no K6 e no MMX, ambos de 233 MHz.


Super PI 1M (37,1%)

O Pentium PC ficou apenas 1,6% atrás do AMD K6. Wow!


Quake (Demo 2 – 320 X 240 – 27,1%)

Neste clássico dos jogos o Pentium OC superou o K6. Realmente é um título bastante dependente do coprocessador aritmético.


GLQuake (Demo 2 – 640 X 480 – 9,3%)

O Pentium OC ficou em um empate técnico com o K6 e o MMX.


3DMark 99 Max (23,7% geral e 23,5% CPU)

Tanto no índice geral quanto no de CPU o Pentium “turbinado” encostou no K6.


Sandra 99 (22,2% CPU e 20,8% FPU)


Sandra 99 Memory Bandwidth (40,8%)

O Pentium OC superou o K6 e o MMX. Realmente o FSB rodando a 112 MHz fez uma grande diferença!


Quake II OpenGL (Demo 2 – 640 X 480 – 26,7%)

Seguindo a tradição dos Quake este jogo é fortemente dependente do coprocessador aritmético, o que fez o Pentium “turbo” superar o K6 em 5%.


Conclusão

Com um risco praticamente nulo de danos por não ter sido aumentada a tensão de alimentação, este ajuste liberou o “gigante adormecido” dentro do pacato Pentium de 133 MHz, sendo um exemplo de overclock que realmente faz sentido.

Comentários

  1. Impressionante. Sabia que o Pentium era um projeto muito bom, deixando o 486 comendo (muita) poeira, mas não sabia que era nesse nível. Chegar e bater os MMX e K6 tendo clock menor é pra glorificar de pé. Parabéns a Intel.

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    1. Certamente. O projeto do Pentium foi evolucionário em relação ao 486, mas foi uma baita evolução!

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  2. Impressionante mesmo!
    É um prazer ver esses testes com processadores antigos. Parece que eles tinham uma margem de segurança bem maior que hoje em dia. Eu tenho um desses guardado.

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    Respostas
    1. Eu tenho um monte de processadores antigos ainda para testar, pena que o meu tempo é reduzido. Aos poucos vou colocando aqui no blog, não vou sossegar enquanto não testar todos um por um!

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