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Montando o PC dos sonhos em 1996 (Parte 3 – Benchmarks)

Nesta terceira parte da série sobre o PC dos sonhos de 1996 o Pentium Pro passou pelo crivo dos benchmarks. Veja como ele se saiu!


Antes de prosseguir, recomendo que o caro leitor abra a página comparativa de benchmarks clássicos para ficar mais fácil situar a performance do Pentium Pro. Em tempo, a descrição completa de todos os componentes está na primeira parte, enquanto que a configuração foi mostrada na segunda.

Mas vamos aos resultados!

Norton System Info 6.01

O velho Norton não é muito confiável para mensurar o desempenho dos processadores acima do Pentium, assim seus números permanecem apenas para manter a série histórica.


3DBench 1.0

Este teste também não se dá bem com hardware “moderno”, de qualquer modo aqui o Pentium Pro ficou acima do Pentium MMX.


3DBench 1.0c

Digamos que este é o primeiro teste “para valer”. Aqui o Pro de 200 MHz ficou acima do MMX de 233 MHz em torno dos 7%, mesmo este sendo um software de 16 bits que roda no MS-DOS (como expliquei na apresentação dos componentes, o Pentium Pro tem problemas para executar softwares de 16 bits).


SpeedSYS 4.78

Neste teste (também de 16 bits) o Pro ficou 15% à frente do MMX, e em empate técnico com o MMX em overclock para 280 MHz. Muito bom!


Chris´s 3D

Aqui o Pro ficou atrás somente do MMX e do K6, ambos em overclock. Também podemos dizer que a placa de vídeo Matrox Millennium do Pro é equivalente à S3 ViRGE do MMX e do K6.


PC-Config 8.20

Neste teste o Pro não se saiu muito bem, ficando consideravelmente atrás do MMX. De qualquer modo, também é um software de 16 bits.


Doom (Demo 2 – 320 X 240)

No Doom a maior frequência de operação do MMX e do K6 falou mais alto.


Doom II (Demo 2 – 320 X 240)

O mesmo cenário se repetiu aqui, porém de qualquer modo o Pro obteve mais de 100 FPS, plenamente suficiente para jogar com muito conforto se levarmos em conta que jogos para MS-DOS não são a “praia” do Pro.


Super PI 1M

Aqui o Pro ficou confortavelmente acima do MMX e do K6 sem overclock. Neste teste foi possível mensurar a importância de usar um sistema operacional verdadeiramente de 32 bits com o Pentium Pro: no Windows NT 4.0 o resultado foi mais de dois minutos abaixo do que o mesmo teste executado no Windows 95. Impressionante! 😱


Quake (Demo 2 – 320 X 240)

Mesmo também sendo essencialmente um jogo para MS-DOS, o Pro não fez feio e ficou acima do MMX e do K6.


GLQuake (Demo 2 – 640 X 480)

Neste teste foi empregado a 3dfx Voodoo, com um resultado bem consistente.


Sandra 99

No índice de CPU o Pro ficou em um empate técnico com o MMX de 233 MHz, enquanto que no índice de ponto flutuante ficou atrás, muito provavelmente devido à menor frequência de operação. O teste foi executado no Windows NT.


Já na taxa de transferência da RAM o Pro em conjunto com o chipset Intel 440FX atingiu 76 MB/s, um ótimo resultado para a época - mesmo com memória EDO de 70 ns, o número ficou no mesmo nível das placas Super Soquete 7 com módulos SDR-SDRAM.


Na pontuação do disco rígido o Seagate Medalist ficou atrás das outras unidades já testadas, o que era esperado visto que o Seagate é bem mais antigo.


Quake II OpenGL (Demo 2 – 640 X 480)

Neste clássico o Pentium Pro e a 3dfx Voodoo não fizeram feio e cravaram 24,4 FPS. Lembrem-se que na época qualquer coisa acima dos 20 FPS era considerada jogável.


Em tempo, não foi possível rodar o 3DMark 99 Max pois o seu teste padrão exige a resolução mínima de 800 X 600, enquanto que a Voodoo suporta até 640 X 480 apenas. Da mesma forma, o 3DMark 2000, o Quake III e o Unreal Tournament 99 seriam uma covardia para esta máquina.

Conclusão

Os números mostram a força da arquitetura P6 e o motivo dela ser considerada a arquitetura do “futuro”: os processadores contemporâneos somente encontram-se no patamar atual devido a ela, que é um dos três pilares fundamentais do desenvolvimento dos chips x86:

  1. Conjunto de instruções IA-32 (Intel 80386 em 1985);
  2. Arquitetura P6 (Intel Pentium Pro em 1995);
  3. Conjunto de instruções x86-64 (AMD Opteron em 2003).

E que venha o próximo salto evolutivo!

Comentários

  1. Ótimo post!, eu o aguardava à tempos, muito bom mesmo. Só uma correção: "Arquitetura P6 (Intel Pentium Pro em 1996);" deve ser "Arquitetura P6 (Intel Pentium Pro em 1995);". Isso sem contar que foi testado o modelo com 256KB, imagine o de 512K ou mesmo o de 1MB. O Pentium Pro foi imbatível em sua época. Uma dúvida, este print do Super PI foi no NT ou 95?

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    1. Muito obrigado, texto corrigido! Fiquei tanto com 1996 na cabeça que fui no embalo... rsrsrs

      O print do Super PI foi feito no NT, com os ícones de alta resolução ativados.

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  2. Michael, meus parabéns! Conheci hoje o seu blog e preciso ser sincero, transpirei pelos olhos! Que material maravilhoso cara, que saudade do meu MMX 233...

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  3. Na época que tive o Pentium Pro, o Windows 2000 foi o que melhor casou nele..

    Ah, perdi meu meu equipamento esses dias, Tinha uma S3Virge, 98MB, placa SB16, HD WDC 10GB e uma fonte Seventeam AT.. me serviu bem.

    Só lembrando que essa placa mãe gargala o HD (16MB/s) este mesmo HD chegara a 20MB/s em uma maquina um pouco mais nova.

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    1. Legal que o Win2K rodava bem nele! Aqui não tenho como colocar o 2K pela pouca quantidade de RAM, mas sem dúvida seria um teste muito interessante.

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