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Rebuild #3: juntando-se à Aliança Rebelde (Parte 5 - Extras)

No quinto episódio da terceira temporada da série Rebuild mostrei algumas aplicações rodando no K6-III, além de alguns cenários de uso e dispositivos de backup.


O Zip Drive

Fazer backups não era algo simples e muito menos barato no final dos anos 1990 e início dos 2000. Ainda não haviam dispositivos de armazenamento com chips flash (como os hoje onipresentes pendrives) e a tecnologia dos discos rígidos externos ainda engatinhava. Os gravadores de CD custavam várias centenas de verdinhas e assim restavam apenas os velhos disquetes de 1,44 MB, cada vez mais inadequados para volumes crescentes de dados, sem falar dos conhecidos problemas de confiabilidade. Quem viveu nesta época com certeza já teve pesadelos ao restaurar dados em um disquete e ser surpreendido com a dramática mensagem de erro do MS-DOS:

Erro de dados lendo unidade A:
(A)nular (R)epetir (F)alhar

Muitos adicionavam um segundo disco rígido para armazenar os backups, o que não resolvia muito em caso de infestação por vírus ou quando a fonte de alimentação pifava e levava todo o PC junto. Percebendo esta lacuna, a empresa americana Iomega lançou em 1994 os Zip Drives e os Zip Disks, unidades de armazenamento em mídia magnética que tinham a espantosa capacidade (para a época) de 100 MB, tornando-se um sucesso de mercado pois custavam bem menos do que os gravadores de CD.


Apesar de também serem dispositivos de 3,5”, os Zip Disks tinham muito mais robustez. Tanto que muitos o chamavam de “disquetão bombado”.


A primeira versão dos Zip Disks tinha 100 MB, porém houveram também versões de 250 e 750 MB.


No detalhe a mídia de armazenamento do Zip Disk:


O primeiro modelo do Zip Drive lançado era externo e conectado na porta paralela, porém logo surgiram versões internas IDE e SCSI. No K6-III utilizo a versão IDE (confira a configuração completa aqui).


O Windows reconhece automaticamente os Zip Drives IDE como unidades removíveis, e como os Zip Disks são formatados em FAT16 funcionam em praticamente qualquer sistema operacional. O disco da imagem abaixo contém alguns backups meus lá do ano 2000 que ainda estão acessíveis mesmo depois de tanto tempo, o que mostra a robustez da mídia magnética desenvolvida pela Iomega.


Em termos de desempenho, até que os Zip Drives IDE não fazem feio. No Sandra 99 ele obteve aproximadamente a metade da pontuação obtida pelo disco rígido Maxtor de 10 GB do K6-III.


Enfim, o reinado dos Zip Drives durou poucos anos: eles começaram a cair em desuso com a redução dos preços das unidades de CD-R/CD-RW, e mesmo o aumento da capacidade de armazenamento para até 750 MB não foi o bastante para manter o interesse nestas unidades.

Utilizando o K6-III

O Visual Basic 6.0 SP6 roda lisinho no Windows 2000 Professional SP4. Bons tempos!


Assim como o Microsoft Office 2000 também vai muito bem:


Um ponto muito positivo do Windows 2000 SP4 é o seu amplo leque de compatibilidade com softwares, muito superior do que o NT 4.0 SP6A e mesmo o 98 SE. Ele fica muito próximo ao Windows XP, porém é bem mais leve e adequado a PCs como o K6-III. Abaixo temos o CPU-Z rodando no Win2K:



Com o Mozilla Firefox 2.0.0.20 até é possível arriscar navegar na Web:


Porém a carga de qualquer página moderna leva muito tempo e toma 100% de uso do processador.


Sendo paciente até que a página é renderizada de forma razoável...



Porém grandes serviços como o YouTube não são mais compatíveis. Também já seria pedir demais de um PC com quase vinte anos de idade.


É isso aí pessoal, espero que tenham gostado! Farei uma breve pausa na série Rebuild para montar um PC clássico super especial, que eu jamais nem pensei em ter na época principalmente pelo alto custo e baixa presença no mercado de varejo.

Falando em projetos futuros, pretendo sempre que possível manter dois em andamento paralelamente: um antigo e um com hardware mais recente, alternando as postagens entre um e outro. Aguardem que vem muita coisa boa por aí!

Comentários

  1. Excelente Rebuild sobre o AMD K6-III e a placa Asus P5A. Estou ansioso para ver o próximo Rebuild.

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    Respostas
    1. A próxima série com hardware clássico não fará parte da Rebuild, porém vai ser show de bola. Acredito que semana que vem sai!

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