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DX4ever #1

Prosseguindo com as minhas cápsulas do tempo, montarei aqui um PC para representar como foi o ano de 1994 na computação pessoal.

DX4ever #1

Processador – Intel 80486 DX4 de 100 MHz

Lançado em março de 1994, o DX4 ganhou um grande destaque no mercado por ser o último 486 da Intel e acabou tornando-se o sonho de consumo de muitos. Sim, é verdade que nesta época já havia o Pentium, mas o seu alto custo o tornava proibitivo para a maioria esmagadora das pessoas.

Este chip conta com 16 KB de cache L1 e litografia de 600 nm. A frequência do barramento frontal é de 33 MHz e o multiplicador é o 3, com tensão de alimentação de 3,3 V. Ele ocupa um lugar especial no meu coração, pois foi o processador do meu primeiro PC. 💓


Placa-mãe – PCChips M921

Este período marcou a transição do problemático barramento VLB para o moderno e eficiente PCI na plataforma 486. Este modelo conta com o chipset UMC UM8881F, dois slots de memória para módulos FPM de até 32 MB cada, três slots PCI e quatro ISA de 16 bits.

Ela conta ainda com 256 KB de cache L2, que felizmente são verdadeiros.


RAM – 16 MB FPM

São dois módulos de 8 MB SIMM de 72 vias com temporização de 70 ns. Certamente que tal quantidade de memória na época não seria algo barato, mas definitivamente era algo possível.


Placa de vídeo – S3 Trio64 PCI (Diamond Stealth 64)

Se hoje a S3 já caiu na obscuridade, no período era uma das principais fabricantes de chips gráficos e conhecida por alguns dos melhores aceleradores 2D do mercado. Apresentado em 1994, o chip Trio64 opera a 60 MHz e esta placa contém 2 MB de memória de vídeo FPM, acessada por um barramento de 64 bits.


Placa de som – Sound Blaster 16 ISA

Em 1994 a clássica Sound Blaster 16 ainda era topo de linha.


Placa de rede – compatível com NE2000 ISA

É a melhor alternativa para o MS-DOS e o Windows 3.X, pela grande compatibilidade.


Disco rígido – 
Fujitsu MPB3021AT de 2,1 GB

Possui rotação de 5400 RPM e cache de 256 KB. A primeira opção para este projeto era um Quantum Fireball de 640 MB, que entretanto apresentou problemas - encontrar discos rígidos funcionais do período correto é algo cada vez mais difícil (e caro).


Unidade óptica – Creative 32X IDE

Infelizmente também não é do período correto, mas é a mais antiga que tenho ainda funcionando.


Unidade de disquete #1 – genérico de 3,5″ e 1,44 MB

Onipresente nos PCs do período. 


Unidade de disquete #2 – Samsung de 5,25″ e 1,2 MB

Também eram bastante populares na época.


Cooler - genérico

Modelo genérico para o soquete 3.



Fonte de alimentação – XPC AT de “300 W”

Na etiqueta diz que tem 300 W, o que eu duvido. De qualquer modo, este PC não chega nem perto de tal consumo elétrico, e se tem uma coisa que jamais usarei do período são fontes de alimentação pelos riscos óbvios.


Gabinete – genérico AT

Típico da época, inclusive sendo bem parecido com o gabinete do meu primeiro PC.


Sistema operacional – MS-DOS 6.22

Lançado em junho de 1994, foi a última versão discreta do MS-DOS marcando assim o final de uma era. Como ambiente gráfico optei pelo Windows for Workgroups 3.11, apresentado no ano anterior e muito popular na época.


Por hoje é só, pessoal. Até a próxima parte!

Comentários

  1. Minha dúvida em um projeto como esse é se a placa aceitaria um adaptador IDE com cartão de memória acoplado para instalação do MS-DOS caso o HD original morra e não seja possível encontrar um substituto! Você já tentou usar esse recurso nele?

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  2. Muito me apraz o ruído desses Hd´s Fujitsu

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  3. Só pelo gabinéte esse conjunto já vale a pena de ser admirado. Será que veremos esse 486 no suco brigando com os Pentiums?

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    1. O DX4 talvez não, isso ficará para o próximo projeto que tenho em mente.

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  4. Esse processador pra 1994 deveria ser um I7 mais ou menos né?
    Pentium em 1994 nem os americanos na época conseguiam comprar devido ao valor kkkk

    No mais, belíssimo PC, e esse processador está bem inteiro, imagino a Intel tentando de tudo pra emplacar os caríssimos e quentes Pentiuns (primeira leva com superaquecimento todo) pra acabar com a festa da concorrência.

    Quem se deu bem? nós, já que o 486 durou no mercado até 1998 (ultimo ano de fabricação do 486 para notebooks e sistemas embarcados, ano da criação do Celeron)

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    1. Em função das diferenças das arquiteturas é como se o DX4 fosse como um Core 2 Quad e o Pentium um Core i7.... ainda mais se considerarmos que os Core 2 ficaram muito tempo no mercado após o lançamento dos Core iX, justamente pelo alto custo deste.

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    2. Sim sim, a falta que a concorrência fazia!
      Terceiros impedidos juridicalmente de fazer clones dos Pentium e sem tecnologia para fazer engenharia reversa naquele momento, estes chegaram ao mercado custando media de 900 DÓLARES em 1993, acho que nem o Core I7 no lançamento em 2008 custava tão caro assim em proporção.

      Acho que esse DX4 ainda sim deveria ser caro pro padrão da época, sonho de consumo, na nossa casa fomos ter um 386 fim de linha nos fins de 1995, era o Celeron da época, raspa do tacho kkkkk

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