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Análise – placa-mãe ADI F4DXL-UC4.1D

Ah, os velhos tempos do soquete 3 e do barramento VLB! Aqui mostrarei um exemplar típico de placa-mãe deste período da computação pessoal, que é o meu favorito.

Análise – placa-mãe ADI F4DXL-UC4.1D

Primeiramente, descobrir o fabricante e o modelo exato deste exemplar não foi fácil, o que era normal no período (ao contrário do exibicionismo dos fabricantes atuais). Foi necessária alguma pesquisa no excelente site The Retro Web para enfim matar a charada. 

Eis a belezinha, que conta com sete slots ISA de 16 bits e três VLB (VESA Local Bus) de 32 bits, os slots marrons logo abaixo do soquete. Há suporte para processadores de 5, 4 e 3,3 V, o que abre bastante o leque de compatibilidade.


Antes de prosseguir, deixo uma dica: caso você queira saber mais sobre o barramento VLB recomento a leitura deste artigo. 👍

O seu chipset é o UMC UM8498F.


Quanto à RAM, são dois slots SIMM-72 e quatro SIMM-30 para módulos com chips FPM. A capacidade máxima suportada é de 96 MB, entretanto o chipset consegue “cachear” apenas até 32 MB.


Estes são os chips de memória cache, 256 KB no total. Os menores são os do tipo TAG, que resumidamente fazem o mapeamento dos dados do cache na memória principal.


Esta placa trazia uma famigerada bateria de Ni-Cd, que felizmente foi removida pelo antigo dono antes de vazar e corroer tudo ao seu redor. Há um conector para bateria externa (aquele que tem um jumper instalado), onde o pino 1 é o polo positivo e o 4 é o negativo.


Até mesmo o manual original veio junto da placa. Maravilha!



Por hoje é só, pessoal. Até a próxima!

Comentários

  1. A TAG RAM não seria o chip localizado no final do bloco à esquerda?

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    1. Verdade, olhei novamente a documentação da placa e realmente é este chip a TAG RAM. Engano meu.

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  2. Uma bela placa mãe de 486, embora eu prefira as últimas, já com slots PCI. :)
    Quanto à memória cacheável, é aquele velho problema que perdurou até os K6-2... As vezes, colocar mais memória tornava o sistema mais lento, pois o Windows 95/98 começa a usar a memória pelo final, ou seja, pela parte não cacheada da memória...

    Outra coisa que reparei na placa: aqueles chips de cache ali têm aparência suspeita. Verifique se não são falsos ("chips de plástico" soldados à placa mãe).

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    1. Resolvi checar com o Speedsys e bingo! Essa placa realmente não tem nenhum cache L2... Além disso, notei que ela não está totalmente estável, talvez até seja o cache que esteja defeituoso (e não necessariamente seja falso).

      Por mais que eu deixe as placas bem guardadas, hardware antigo é uma caixinha de surpresas... enfim, estava com um projeto em mente para essa placa mas terei que passar. Uma pena.

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    2. Pode tentar desligar o cache na BIOS, geralmente na opção "External Cache"... Se bem que o 386 (original) não tinha cache interno, então o único cache que existia era o externo. Até onde eu saiba, o único 386 com cache interno (L1) era o 486DLC da Cyrix.

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    3. Acho que era um bug do SpeedSYS, pois o CACHECHK identificou e testou sem problemas o cache L2. Quanto à instabilidade, troquei as placas de slot e parece que resolveu, é algo muito comum no barramento VLB.

      De qualquer modo, encontrei outra placa (a Mitac que postei ontem) mais adequada para o projeto que tenho em vista, assim deixarei essa ADI de reserva.

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