Iniciando a minha nova leva de projetos, começo com o clássico AMD 80386 DX de 40 MHz que teve algumas mudanças em relação ao seu antecessor.
Este projeto é uma atualização do sucesso de público e crítica O 386 que queria ser 486 de 2023. Ele é um PC focado para a execução de softwares que sejam speed sensitive, os quais não funcionam corretamente quando rodados em processadores mais rápidos como é o caso de alguns jogos.
E além do mais, nada como ter um processador clássico como este AMD 386 como PC mais antigo da minha coleção.
Vamos aos componentes!
Processador – AMD 80386 DX de 40 MHz
Introduzido em 1991, este é um dos processadores 386 mais rápidos uma vez que a Intel não lançou modelos de mais de 33 MHz. A sua litografia é de 800 nm, com tensão de alimentação de 5 V.
Coprocessador aritmético – IIT 4C87DLC-40
Apesar de pouquíssimos softwares deste período requererem uma unidade de ponto flutuante, inegavelmente é um charme ter uma instalada.
Placa-mãe – Seritech SER-386-AD III
É uma placa compacta, mas com boas possibilidades de expansão com os seus cinco slots ISA de 16 bits. Ela conta com 128 KB de cache e o chipset Ali M1429, um dos últimos lançados para a plataforma.
A última modificação que fiz nela foi a remoção do circuito que substituiu a bateria de Ni-Cd, pois a pilha CR2032 utilizada já estava ficando sem carga (afinal já são quase 10 anos que fiz tal modificação, o tempo voa!). No lugar do mesmo optei por uma solução mais simples, com o uso do conector para a bateria externa - mais detalhes na montagem.
RAM – 16 MB FPM
Como o barramento local do 386 DX é de 32 bits e cada módulo SIMM de 30 vias é de 8 bits, torna-se necessário usá-los em conjuntos de quatro. Desta forma, são quatro módulos de 4 MB com chips Samsung de 70 ns.
A versão anterior deste PC tinha 32 MB, decidi reduzir para evitar possíveis problemas com softwares não preparados para lidar com tamanha quantidade de memória. Este é o típico caso do "quando menos é mais".
Placa de vídeo – Trident 8900D ISA de 1 MB
Lançado em 1992, o chip Trident 8900D foi um dos últimos feitos para o barramento ISA, contando com um desempenho razoável. Recentemente a sua VRAM do tipo FPM foi ampliada para 1 MB.
Entretanto o seu principal ponto positivo e o motivo da sua escolha não é o desempenho, mas sim a boa qualidade de imagem e a ampla compatibilidade com diversos modos de vídeo no MS-DOS.
Placa controladora de I/O – genérica ISA
Não encontrei referências sobre o fabricante desta placa, que conta com uma porta IDE, uma para disquete, duas seriais e uma paralela. O chip controlador é o clássico Goldstar Prime 2.
Placa de som – Sound Blaster 16 ISA
A clássica SB16 de antes do padrão Plug and Play é a melhor escolha para um PC antigo. Nada como configurar tudo pelos bons e velhos jumpers!
Placa de rede – compatível com NE2000 ISA
Também é a melhor alternativa, pela grande compatibilidade.
Disco rígido – WD Caviar 2420 de 420 MB IDE
Possui rotação de 3300 RPM e cache de 128 KB, especificações típicas da época.
Em tempo, as pequenas manchas brancas nele não são fungos ou outro microrganismo que poderá levar ao apocalipse zumbi: na verdade, é a sua própria tinta que está descascando. Coisas da idade, faz parte.
Unidade de disquete #1 – Samsung de 3,5″ e 1,44 MB
Onipresente nos PCs do período.
Unidade de disquete #2 – Chinon de 5,25″ e 360 KB
Incluí esta unidade pois ainda tenho alguns disquetes de 360 KB aqui, que não funcionam direito nas unidades de 5,25" de alta densidade (1,2 MB).
Fonte de alimentação – XPC AT de “300 W”
Na etiqueta diz que tem 300 W, o que eu duvido. De qualquer modo, este PC não chega nem perto de tal consumo elétrico.
Gabinete – Troni AT horizontal
Uma lindeza só, e até mesmo o amarelado é um charme da idade.
Sistema operacional – MS-DOS 5.0
Apresentado em 1991, esta foi a última versão do MS-DOS oriunda da parceria entre a Microsoft e a IBM (que usava o nome PC-DOS), um clássico. Como ambiente gráfico será usado o Windows 3.0A de 1990 no modo 386 (jura?), o primeiro Windows a ter amplo sucesso comercial.
Anteriormente este PC tinha o 6.22, decidi fazer este downgrade para aumentar a diversidade e pelo charme da versão mais antiga.
Por hoje é só, pessoal. Até a próxima parte!
Tenho um gabinete igual a esse, só que na versão vertical
ResponderExcluirUma sugestão de post: fazer um post sobre o processo de retrobrighting, testando em algum gabinete velho, tirando o amarelado
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