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É cada um...

Recentemente os amigos do Hardware.com.br (saudoso Guia do Hardware do Mestre Carlos E. Morimoto) publicaram uma notícia sobre o fechamento de cerca de 18 mil lojas de informática no período de um ano, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ao meu ver esta notícia não causa qualquer surpresa: com o dólar na estratosfera, inflação à beira do descontrole, desemprego em alta e principalmente devido à maturidade atingida pelos PCs (para quem quiser saber mais sobre o que penso a respeito deste assunto, recomendo a leitura do texto O PC está morto!), muitos estão adiando a troca dos equipamentos ou ainda realizando upgrades apenas parciais. Sem falar que trata-se de uma seleção natural: somente quem for sério e tratar os seus clientes com o devido respeito sobreviverá neste ambiente hostil (picaretas não terão mais vez, graças a Deus!).

Porém o que mais me chamou a atenção nesta matéria foi a seguinte pérola, proferida pelo Sr. Gerino Xavier, vice-presidente de Comunicação e Marketing da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro). Confiram, ipsis litteris (o destaque é meu):


"Os tablets e smartphones proporcionam o conforto da mobilidade e da funcionalidade, pois fazem tudo o que um computador ou notebook faz e ainda permitem a comunicação gratuita pelo WhatsApp, tirar fotos e gravar vídeos. São mais leves e cabem no bolso ou na bolsa."


Então tá, Sr. Xavier. Com todo o respeito, tente desenvolver algo em um smartphone ou tablet, editar um vídeo de forma séria, rodar uma ferramenta de CAD ou simplesmente digitar um texto de mais de um parágrafo. Faça isto e nós voltaremos a conversar.




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Comentários

  1. Senta lá Cláudiaa huhuhuhahahahhaha pelo amor dos filhos.. Quanta besteira...

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  2. A afirmação tem alguma verdade apenas se levar em conta que a imensa maioria das pessoas não extrai todo poder computacional de um PC de mesa (muitos nem 10%), deixando à parte aqui os jogos. Mas isso não é demérito do equipamento. De qualquer forma, PC tem ainda tem muitas aplicações simplesmente inviáveis em dispositivo móvel.

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    1. Se a pessoa só usa Falsebook e ZapZap talvez um dispositivo móvel seja suficiente. Nem mesmo para manipular e-mails um mobile "faz tudo o que um computador ou notebook faz": digitar textos longos em mobiles é um verdadeiro teste de paciência.

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  3. Você está levando muito ao pé da letra o que o vice-presidente da Assespro disse. Concordo 100% com seu último parágrafo. Tenho um notebook e possivelmente NUNCA mais terei outro. E não abro mão do meu desktop.
    Sobre a frase, acho que ele tem em mente um usuário ordinário. É muito comum quem tenha computador e só usa para acessar internet ou outras coisas básicas.

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    1. Bem, pode até ser, mas ele generalizou demais na frase. Em minha opinião mesmo para tarefas básicas um mobile não faz tudo o que um desktop ou notebook fazem de forma alguma. Smartphones são úteis pela versatilidade e mobilidade, já os tablets nem isso.

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