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O firmware das placas-mãe AM4 está ficando obeso

O suporte a múltiplas famílias de processadores Ryzen está fazendo o firmware das placas-mãe AM4 ficar cada vez maior, a ponto de exceder a capacidade dos chips EPROM comumente utilizados.

O firmware do meu 80286 não tem problema de espaço... 

Atualmente há quatro famílias de processadores AM4:

  • Summit Ridge, a primeira geração dos Ryzen lançada no ano passado;
  • Bristol Ridge, processadores bizarros que tem a antiga arquitetura Bulldozer dos FX, porém com a pinagem AM4 e controladora de memória DDR4 (exemplo: Athlon X4 950);
  • Raven Ridge, os Ryzen “G” com um chip Radeon Vega integrado;
  • Pinnacle Ridge, a atual geração Zen+.

Incluir o microcódigo de todos estes processadores está fazendo com que a imagem do firmware chegue ao limite dos chips EPROM mais utilizados, que é de 128 Mb (16 MB). Uma saída seria adotar chips de 256 Mb (32 MB), porém isto encareceria as placas – segundo os fabricantes, o custo destes chips é de mais do que o dobro em relação aos de 128 Mb.

Assim algumas abordagens estão sendo estudadas. Uma delas é remover o suporte aos Bristol Ridge, dada a sua baixíssima participação no mercado, ou ainda lançar diferentes imagens do firmware conforme a família do processador a ser utilizado, o que sem dúvida dificultaria a vida dos usuários finais em caso de upgrade.

Outra saída seria reduzir as firulas presentes no Setup das placas, que contam com cada vez mais funções que quase ninguém usa, tais como gráficos bonitinhos (e de pouca utilidade prática) que mostram temperaturas e a rotação das ventoinhas. A Biostar está usando em alguns modelos das suas placas dois chips de 128 Mb em conjunto, de modo a dobrar a capacidade, porém aumentando a complexidade e o custo de implementação.

Vamos ver o que vai rolar.

Informações: AnandTech.

Comentários

  1. Nunca engoli essas interfaces futurísticas. Gosto dos firmwares da Dell, cujas interfaces são sempre sóbrias em modo texto.

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    1. Realmente tem muita perfumaria inútil nesses firmwares atuais.

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  2. Esses Setups gráficos foram feitos para técnicos geração Nutella. Setup raiz é aquele onde configuramos o HD por trilhas, setores e cilindros. Kkkkkkkkk

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    1. Nãããão... Viva LBA! Curiosidade: mesmo com LBA tornando o endereçamento CHS totalmente obsoleto, no particionamento MBR, ainda é levado em conta porque, é claro, a carga de legado dos sistemas operacionais carcomidos não pode ser descartada. Se não me engano só do Windows XP para cima o bootloader não depende mais de CHS para inicializar.

      Em GPT, CHS não serve mais para nada e é efetivamente ignorado:

      https://github.com/karelzak/util-linux/issues/485

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